Coração valente?

Cansado de tantos intelectualóides defendendo o PT… apesar disso, vivo (graças a Deus) em uma democracia e é importante que se tenha liberdade de expressão… Pena que muitos não veem que o PT FOI um partido do povo, do pobre, do trabalhador… hoje não é mais… não quero com isso fazer apologia ao PSDB, sei bem que não há nenhum santo lá… mas apoiar (defender) um partido que hoje chafurda na lama da corrupção, que tem seu nome envolvido nos maiores esquemas de corrupção da história moderna brasileira, que teve sua cúpula condenada e hoje frequenta presídios pelo Brasil… ah isso eu não me darei o desfrute de fazer… a alternância de poder agora não é só benéfica, é necessária, até mesmo para se apurar com isenção os inúmeros indícios de corrupção e mal feitos do atual Governo. Pode até ser que Dilma ganhe as eleições, mas não será com o meu voto… se isso acontecer, terei a consciência tranquila de que fiz a minha parte para o bem do meu país.

O que falar dos dias sem Sol…

Há dias em que se quer passar uma borracha, dar um restart, fingir que não foi com você, ou mesmo se esconder debaixo das cobertas.
Sabe quando o despertador não toca, quando o trânsito está péssimo já na porta de sua garagem, quando o telefone não para de tocar, quando os problemas são como Gremlins maus debaixo de chuva, quando o relógio insiste em trabalhar mais devagar? São aqueles dias quentes e nublados, sem chuva e sem sol, que amanhecem tarde e escurecem cedo. Mas sempre temos que dar uma de Pollyana e ver o lado bom das coisas: até mesmo esses dias têm uma função, um propósito, um motivo pelo qual acontecem em nossas vidas. É fato que esses propósitos podem variar de pessoa para pessoa, mas no geral, eles servem para nos mostrar o quanto devemos aproveitar os demais dias, dar mais valor às pequenas boas coisas que nos acontecem, nas pessoas que nos querem bem. E tem outra coisa, acredito que Deus nunca nos dá um fardo mais pesado que possamos carregar, no final das contas, esses dias nos fortalecem, nos ensinam, nos tornam pessoas melhores. Um bom remédio é tentar sorrir mais, mesmo que seja dos problemas e rezar, oração nunca é demais. O melhor de tudo é saber que hoje alvorece um novo dia, um ótimo dia!

Tunaronni

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Todos que me conhecem sabem que o meu cantinho predileto de casa é a cozinha. Eu gosto muito de ousar e inventar, de misturar e de provar, de surpreender e ser surpreendido. Cozinhar é mais do que um simples ato de preparar alimento, para mim, funciona como uma válvula de escape para as pressões do dia a dia, como a alquimia que me permite dar asas à minha imaginação, é uma passagem low cost para a maior parte do mundo e além disso tudo uma ótima desculpa para reunir os amigos.

Acho que eu seria um grande cozinheiro se tivesse nascido há uns duzentos ou trezentos anos… digo isso porque tenho inventado diversos pratos deliciosos, mas descubro pouco tempo depois que algum indivíduo no século XVII ou XVIII teve a idéia primeiro… fazer o que, não é?

Venho há algumas semanas aperfeiçoando um prato de massa muito simples e gostoso, mas quando pesquisei um pouquinho na internet, vi se tratar de uma receita batida, inventada há alguns séculos na Itália…

Mas como italiano não entende nada de macarrão (rsrs), sou obrigado a registrar minha versão que chamei de Tunaronni:

Tunaronni

Ingredientes:

  • Espaguete (funciona muito bem com outros tipos de macarrão também)
  • Atum
  • Bacon
  • Cebola
  • Queijo Parmesão
  • Pimenta do Reino
  • Sal

Preparo:

Cozinhar a pasta al dente e reservar. Fritar o bacon e dispensar a gordura, adicionar a cebola bem picada e mexer até dourar, acrescentar a pimenta e o atum. Mexer mais um pouco para incorporar os ingredientes acrescentar a pasta. Salgar a gosto e acrescentar o parmesão em lascas finas.

Simples, prático e muito gostoso!

PS: O nome do prato é uma brincadeira com as palavras tuna (atum em inglês) e macaronni.

O que dizer do passar do tempo…

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De vez em quando gosto de passar o olho pelas coisas que já escrevi em meu blog. É como ver desenhos feitos quando éramos crianças, uma nostalgia só. É interessante constatar que, embora pareçam atemporais, certos posts estavam muito bem contextualizados. É a mesma sensação de ver fotos tiradas há muito tempo, aquelas em que você está com uma linda jaqueta ornada com ombreiras ou com roupas extravagantemente coloridas. E o que dizer dos mullets?  Meu Deus, como alguém em sã consciência poderia achar aquilo bonito. Bom, era a moda daquela época e não espero sensação diferente ao ver minhas fotos daqui a dez ou vinte anos.

Mas, nostalgia ou vergonha à parte, relendo o texto As minhas putas tristes, percebi que ainda padeço das mesmas preocupações, contudo, comedidas pela ação do próprio amadurecimento.

Hoje, por exemplo, vejo que ficar mais velho pode ser algo muito divertido. Olhar para trás e lembrar-me das coisas pelas quais passei, experiências que vivi, lugares por onde andei, pessoas que conheci, também me mostram que, ao contrário do que muitos podem pensar, envelhecer é um ótimo negócio.

Eu poderei contar aos meus netos  que quando criança, comi muita Mastiguinha (aliás, uma por dia)  e também o biscoito dos Monstrinhos Creck, aqueles que já vinham mordidos (rsrs), que fiz aula de datilografia – isso daria uma história à parte: ainda vou escrever sobre como consegui estender por um ano um curso que durava poucos meses –  e por falar em cursos, que eu fiz um de DOS, no qual usava muitos disquetes de 5¼. É bom lembrar também de minha coleção de fitas K7 e de que eu gostava muito de ouvi-las em meu walkman.

Ah, mas nem tudo são flores, eu conheci a hiperinflação, a censura e a ditadura militar; vivi o medo do iminente fim do mundo através da  ameaça de um holocausto nuclear. Incrédulo, vi Bats defender o pênalti cobrado pelo Zico nas quartas de final da copa de 86, assisti pela televisão a morte de Ayrton Senna e ouvi os Menudos cantarem.

Lembro-me vagamente de uma frase que dizia algo como: se ao olharmos para trás, para o nosso passado e todas as coisas que já vivemos e não chorarmos, seja de alegria ou de tristeza, podemos concluir que não vivemos verdadeiramente. E é bem assim mesmo, bons ou ruins, foram esses acontecimentos que construíram a pessoa que sou hoje, da mesma forma, são as coisas que vivo agora, nesse exato momento, o que construirão o meu eu futuro.

Cabe a mim fazer as escolhas certas e aproveitar o máximo possível o passar do tempo. 

Se o mundo fosse perfeito…

Pegando carona no “direito à felicidade”, se eu pudesse editar a constituição e acrescentar alguns pequenos direitos, eu com certeza escreveria que:

As pessoas deveriam amar umas às outras, que estariam terminantemente proibidas a guerra, a fome, as doenças. Que os pais jamais precisariam enterrar um filho e que nenhum filho seria abandonado pelos seus pais.

Eu escreveria que a partir daquele momento seriam crimes a mentira, a traição, o ódio… e tudo mais que trouxesse dor ao coração das pessoas.

Escreveria que todos nós teríamos o direito de dizer “não”, que poderíamos nos expressar sem medo, pudor ou culpa. Além disso, decretaria que a felicidade não seria só um direito, mas uma obrigação do cada ser humano.

Como o mundo em que vivemos está longe de ser perfeito, cabe a cada um de nós torná-lo mais justo, seguro, saudável, próspero e sobretudo feliz! 

As pequenas grandes coisas da vida

Desde a despretensiosa invenção da Roda até seu uso na construção do Avião, foram muitos os grandiosos feitos da humanidade, mas a vida não é feita somente de grandes realizações, a cada ano, dia ou segundo que passa, infinitas pequenas grandes coisas acontecem ao nosso redor e sequer conseguimos perceber o valor delas para o nosso conforto, saúde ou felicidade.

São aquelas pequenas coisas das quais só nos lembramos quando nos faltam, quando não acontecem, quando deixam de existir. Talvez isso aconteça porque somos incentivados desde crianças a valorizar o que é grandioso, em detrimento do que, embora simples, seja essencial.

Basta apenas um dia sem o fornecimento de água para mostrar o quanto ela é importante em nossa vida. O mau cheiro e a imundice das ruas, sem falar nos insetos e roedores, denunciaria que um único mês sem coleta de lixo já seria suficiente para nos mostrar o valor desse serviço tão básico. Alguns poucos dias sem eletricidade nos mostrariam o quanto somos dependentes da tecnologia. E por falar nisso, não preciso nem dizer o que uma semana sem internet faria aos tantos que são viciados nela, ou melhor, na conectividade que ela proporciona.

Esses são alguns pequenos exemplos, mas talvez existam milhares de coisas muito mais simples como o calor do sol ou uma leve brisa de primavera, um sorriso, um elogio sincero, um copo de leite morno em uma noite  fria, um dia sem trânsito, o salário no final do mês, colo de mãe, a última página de um livro, mais cinco minutos de sono, em fim, pequenas grandes coisas para as quais não damos tanto valor, crédito ou lembrança.

As nossas vidas seriam realmente perfeitas se soubéssemos equilibrar as nossas ilusões de grandeza e os nossos pequenos momentos de prazer.

E se a vida fosse parecida com um videogame…

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Em meu último post eu brinquei um pouquinho com minha paixão pelo meu PS3 e ainda falando nesse assunto, dia desses eu me peguei pensando em como a nossa vida seria boa se fosse parecida com um videogame.

Pra começar, você poderia ter mais de uma vida. Ganhar ou perder uma dessas dependeria exclusivamente de suas ações. Fez coisa boa, ganha uma vida, fez merda, perde uma, mas sempre com direito a um “continue” se elas acabarem de repente.

Você continuaria a ter amigos e inimigos, mas se a nossa vida fosse parecida com um videogame, seria muito fácil distinguir os dois.

Seus objetivos seriam sempre claros e bem definidos, você nunca teria uma crise existencial. Além disso, tudo dependeria do seu perfil pessoal, sem chance de você se envolver em um tiroteio ou em uma pancadaria se o que você realmente quisesse fosse só jogar futebol.

Agora, o mais legal seria a possibilidade de recomeçar. Se você fizesse algo realmente estúpido, seria só “resetar”, carregar o último “save” e pronto, você teria uma nova chance para fazer certo dessa vez.

Certo, tem o lado negativo também, nossa vida acabaria sendo um pouco repetitiva e previsível. Mesmo voar e poder tomar infinitos tiros sem o perigo de “game over” acabaria nos cansando e fazendo-nos desejar que tudo não passasse de um vago devaneio de um cara que pensou por alguns minutos, que a vida poderia ser bem mais divertida, se não fosse a dura realidade de se ser responsável por cada ação que se toma.

Meu vício, desde o início…

Um amigo me disse um dia desses que eu estou viciado em você. Eu não concordo. Vício é uma palavra muito feia, pejorativa, é algo que me remete a coisas ruins como drogas ou cigarro. O vício é uma sede sem fim, uma relação doentia entre o prazer e a dor, é o cultivar incessante da frustração, motivada pela busca de cada vez mais prazer e que está, inexoravelmente, fadada à ruína.

Não há dependência em nossa relação, há sim uma simbiose quase perfeita, onde cada um tem do outro o que precisa para existir de maneira satisfatória. Além do mais, temos nos visto tão pouco! Tão menos do que eu gostaria! Passamos poucas horas por semana juntos, sei que no início era muito mais que isso, mas o que realmente importa é a qualidade desse tempo e não sua quantidade.

É fato que você me dá muito prazer, cada minuto que eu passo contigo é uma completa imersão em um mundo sempre novo, repleto de magia e felicidade. Você me faz sentir leve, sem quaisquer preocupações, quando estou com você, meus problemas deixam de existir, sinto-me forte e seguro, pois sei que você me permitirá começar de novo, mesmo que eu cometa o mais fatal dos erros.

Outra coisa, não precisa ficar com ciúmes, eu sou muito fiel a você. Nunca te escondi meu passado, mas tenha certeza que nesses quase dois anos juntos, eu nunca te traí.

Contudo, preciso admitir, para o nosso próprio bem, que tenho gastado muito com você. No começo eu não me importava, mas hoje dia as coisas são diferentes e, apesar de me enganar dizendo que isso acabará um dia, acabo sucumbindo ao desejo, não tem jeito. Mas tudo bem, como diz o sábio ditado popular: mais vale um gosto…

Bom, eu sei que eu já disse muito, mas é sempre bom deixar transparecer aquilo que sentimos, mesmo que isso possa parecer piegas. Então, não vou me alongar muito, só quero mesmo dizer que eu gosto muito de você meu querido Playstation 3.

E por falar na sacolinha…

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Já faz algumas semanas que as sacolas plásticas foram banidas dos supermercados de Belo Horizonte. Isso, sem sombra de dúvida, é uma boa notícia para a saúde de nosso planeta, mas o mesmo não pode ser dito em relação à comodidade de quem vai às compras.

A sensação é de volta no tempo. Lembro-me de quando eu tinha oito, dez anos de idade, tempo em que era raro ver as tais sacolinhas pelos mercados afora. Era época de hiper inflação e era necessário comprar tudo o que fosse possível logo no início do mês, pois os preços subiam a cada dia em uma escalada desenfreada. Carrinho de supermercado cheio, às vezes até dois deles, tinha que ser levado até o carro e despejado no porta malas. Em alguns mercados havia caixas de papelão ou até sacos de papel, mas o normal mesmo era sair com as compras na mão.

Muitos anos se passaram e a cena volta a acontecer. Só que agora, o cenário é outro, a inflação já não nos preocupa tanto e ciência da uma mãozinha quando o assunto é preservar o meio ambiente.

Uma vez que já não é necessário correr às compras para proteger o valor do dinheiro, as idas ao supermercado tornaram-se mais freqüentes, ao passo que o volume das compras tende a diminuir. Eu, por exemplo, costumo dar uma passadinha no supermercado cerca de duas vezes por semana, e em alguns meses até mais. É sempre pra comprar algo que está acabando na geladeira ou para adquirir aquele ingrediente especial para o jantar.

Como não planejo muito as idas ao mercado, tem sido freqüente a necessidade de sair com as compras nas mãos ou pagar os malfadados R$0,19 por sacolinha biodegradável. É daí que vem minha indignação. Os supermercados repassam o custo das sacolas para o consumidor.

Será que eles não vêem que isso é algo extremamente inconveniente? Sou completamente a favor de se preservar o planeta, mas não acho que repassar o problema para o consumidor seja uma prática louvável.

Se essas sacolas têm o custo alto hoje, se fossem produzidas em massa, como era feito com as de plástico comum, com certeza teriam seu custo reduzido, o que viabilizaria a substituição sem repassar para o consumidor o ônus.

Tudo bem, levar uma sacola de casa é extremamente factível, mas esse não é o caso, os grandes mercados resolveram dois problemas de uma vez só! Economizaram com as sacolinhas plásticas e ao mesmo tempo acharam um modo de desovar rapidamente as caixas de papelão, que antes eram jogadas no lixo. Sem dizer que encontraram um novo produto para vender: sacolas biodegradáveis.

Tudo isso envoltos em um manto de preocupação com o planeta! Poupem-me! E agora, como se já não bastasse ter de pagar pelas sacolinhas, terei que comprar sacos de lixo! Sim, eu e torcida do galo todinha fazemos isso, ou melhor, faziamos. Usar as sacolas como saco de lixo era bem prático, afinal, para quem mora em apartamento, gerenciar um big saco de lixo é um grande problema, ao passo que as sacolinhas tinham o tamanho ideal!

Penso que tudo seja um caso de adapação. Pode ser que daqui a algum tempo os supermercados venham a ofererer opções mais cômodas para o consumidor. Enquanto isso, preciso caprichar no “fosforol” pra não esquecer de levar a sacola às compras…mais essa agora…

Canadá

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Que lugar bonito. Mesmo no finalzinho do inverno, quando a temperatura ainda beira os O°C, o Canadá é um lugar muito bonito e agradável. Eu sou suspeito para depor a favor do clima, haja vista que adoro o frio. O prazer que tive de brincar na neve pela primeira vez em minha vida, quando estive em Helsinque na Finlândia há alguns anos, foi infinitamente superior à praticamente todas as minhas idas à praia. Só por conta disso dá para avaliar o quanto gosto dos gélidos ventos do inverno. É claro que não sou doido a ponto de não gostar de um belo dia de sol, mas o verão de Belo Horizonte, com platôs de 35°C  nos últimos três meses, não me anima muito. Bom, mas voltando ao Canadá, a boa impressão começou na hora de tirar o visto: infinitamente mais fácil que o Americano. Na chegada, se troquei duas frazes com o oficial de imigração foi muito.

Toronto é uma bela cidade e a vista do restaurante na CN Tower é incrível. Tirando o fato de que comer enquanto aquilo tudo gira é um pouco desconfortável, bom, pelo menos para mim. Após o jantar, nada melhor que algumas fotos, pena que já estava de noite, isso atrapalhou um pouco as fotos. A primeira foto, a que mostra a torre, não fui eu quem tirou, como não consegui fotografar ela de fora, por causa do ângulo e da falta de luz, coloquei essa só para constar. As outras não ficaram muito boas, de noite e com câmera de celular…

 

Tudo bem, as fotos não ficaram maravilhosas, mas a luz da torre atrapalhou um pouco, outras ficaram bem melhores mas o tamanho impede que eu coloque aqui. Vou deixar um link para o Facebook onde postarei as outras.

Bom, Burlington também é uma bonita cidade, bem menor que toronto, e bota menor nisso, bem mais calma também, calma até de mais.  Às margens de um dos Grandes Lagos, o Ontário, a paisagem é encantadora.

Para fechar com chave de ouro, Niagara Falls. Mesmo com muito gelo ainda, a paisagem é impressionante. A cor da água também chama a atenção, um verde muito bonito. Só faltou o Pica-Pau tentando descer as cataratas dentro de um barril.

 

Um oásis de calor e umidade no deserto de gelo: o Santuário de Borboletas de Niagara:

A vida imita a arte…

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Essa frase é muito interessante e eu gostaria de torná-la mais presente em minha vida, de forma positiva, claro. Não me refiro a salvar o mundo como em “Armagedon” ou pousar um avião como fez o Tom Cruise em “Encontro Explosivo”.  Falo de coisas mais normais, reais, mas que nem por isso deixam de ser fantásticas e inesquecíveis. Quem sabe um dia conduzir uma mulher em uma dança da maneira como fez Al Pacino no tango de “Perfume de Mulher” ou, ainda falando em dança, brincar na chuva como Gene Kelly em “Cantando na Chuva”.

Porque não dar uma de Michael Douglas em “Um dia de Fúria”? Tem dias em que realmente dá vontade de chutar o balde, brigar, falar palavrão, mas o que da vontade mesmo é de passar um dia como em “Curtindo a vida adoidado”.

Tantas coisas poderiam acontecer, tantas vezes a vida poderia se inspirar na arte, tantas outras nem tanto, quantas estranhas coincidências, tristes, entediantes, dolorosas. Amizades como em “Conta comigo”, aventuras como em “Eurotrip”, lições como em “A vida em preto e branco”.

E assim seguir vivendo, inspirado pela ficção, embalado pelas trilhas sonoras, vivendo um dia após o outro, à espera de um milagre ou à procura da felicidade, afinal, tudo acontece em Elizabethtown.

Deixo a vida me levar… vida leva eu…

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O que é o destino afinal? Muitos acham que é o caminho que outrora fora traçado para cada indivíduo e que do qual não há como fugir. Outros pensam que ele não existe, que nada está escrito, traçado, ou planejado de qualquer forma. Se existe ou não, é difícil saber, mas é inegável que coincidências acontecem a todo momento e que o acaso muitas vezes pode parecer obra de algo muito maior.

Quem é cético o bastante para acreditar, ou melhor, para não acreditar; quem pensa que tudo é uma questão de ação e reação, a meu ver, não passa de um cego, pois não enxerga o mundo ao seu redor, repleto de coincidências, acasos e impensáveis. Sim, “impensáveis”. Situações que são tão extraordinárias que é difícil acreditar que sejam só coincidências ou mero acaso, é um impensável, algo que está muito além do nosso entendimento.

E também é confortador acreditar que há um propósito em tudo que acontece a nossa volta, mesmo que na realidade não haja. Seria desumano tirar esse conforto de quem dele depende para sobreviver, embora seja danoso viver na ilusão de que algo vai miraculosamente acontecer.

Eu gosto muito de uma frase que diz que podemos até saber o que queremos da vida, mas que não temos a menor idéia do que a vida quer da gente. A razão de eu gostar dessa frase é que ela sempre deu muito certo em minha vida. Sempre gostei de planejar o meu futuro, mas a medida que o tempo foi passando, notei que há mais impensáveis do que eu gostaria que houvessem. E embora em um primeiro momento coisas ruins tenham acontecido, inexplicavelmente, foram essas as que mais me ajudaram a corrigir os desvios do meu caminho. That is it. Simples assim.

É incrível como a vida, destino, providência ou qualquer que seja o nome que isso tenha, me direcionou em vários momentos de minha vida. É como se algo me atraísse para um determinado caminho. É como se o universo inteiro conspirasse para que aquilo ocorresse, mais dia menos dia. E olha que o destino tem diversas cartas na manga. É como quando duas pessoas se conhecem e descobrem que era questão de tempo para que suas vidas se cruzassem. Gostos, amigos e lugares em comum, situações que, isoladas, poderiam ser chamadas de coincidências, mas que quando colocadas lado a lado, revelam as artimanhas do destino para juntar aquelas duas pessoas.

Se o nosso destino está realmente escrito ou se a vida não passa de uma loteria cósmica eu sinceramente não sei, mas há algo que tenho certeza: é no mínimo divertido pensar no universo de possibilidades e probabilidades que nos aguardam na próxima esquina, no amanhã ou no em breve. Graças a Deus.

Talharó

Em minha opinião, macarrão é sempre um prato curinga. Isso se dá pelo fato de que ele é como chocolate: não importa como seja feito, todo mundo gosta – ou pelo menos quase todo mundo. Alem disso, é fácil e rápido de fazer.

Mas como eu não gosto das coisas fáceis, resolvi incrementar e deixar a pasta um pouco mais sofisticada, mas sem exageros, pois como dizia Da Vinci, a simplicidade é o máximo da sofisticação.

Pois bem, essa é a receita do Talharó – talharim ao molho de tomate, carne e alho poró.

TALHARÓ

Ingredientes:

  • ½ Pacote de Talharim
  • ½ Talo de Alho Poró (aproximadamente uma xícara)
  • 1 Cebola Pequena (aproximadamente duas colheres de sopa)
  • 1 Dente de Alho (cortado em pequenos pedaços)
  • 2 Tomates (sem pele e sem sementes)
  • 100 g de Carne Moída
  • Sal Grosso
  • 2 Colheres de Sopa de Azeite
  • ½ Xícara de Vinho Tinto Seco
  • Uma Colher de Sopa de Manteiga (rasa)
  • Sal, Pimenta do Reino e Queijo Parmesão Conforme o Gosto

 

O preparo do molho é bem simples. Bata os tomates no liquidificador até que o mesmo se transforme em uma pasta, sem contudo liquefazê-lo e reserve. Em uma panela coloque o azeite e a cebola cortada em pedacinhos bem pequenos para dourar. Acrescente o alho poro, também bem picado, e refogue por alguns minutos em fogo baixo, até que ele comece a ficar transparente. Acrescente o dente de alho.

Existem alguns pequenos erros que arruínam um bom prato. Deixar o alho queimar é um deles. O ponto certo é quando o alho desprender seu cheiro, evite dourá-lo. Aumente um pouco o fogo e acrescente a carne moída, o sal e a pimenta do reino a gosto.

Quando a carne estiver frita, acrescente o vinho. Mexa bem para que o álcool evapore e acrescente o tomate. Deixe ferver por cerca de cinco minutos para reduzir, acrescentando água sempre que necessário para não secar de mais. Apague o fogo, tampe e reserve.

Já o processo de cocção da pasta é mais complicado. Tentarei ser o mais claro possível em minhas instruções para evitar erros: em uma panela ferva a água, acrescente um punhado de sal grosso e cozinhe o talharim pelo tempo que indicar o pacote, geralmente 8 minutos. Difícil, não é?!

Agora é só refogar a pasta na manteiga, colocar no prato e acrescentar o molho. Quem gostar de queijo parmesão é só ralar por cima do prato no momento de servir.

Bom Apetite!

OBS: Esse prato é para duas pessoas e fica ótimo acompanhado por um bom tinto.

Visto… uma odisséia.

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Obter o Visto americano é uma daquelas coisas emblemáticas que acontecem na vida da gente, como tirar carteira de motorista ou passar no vestibular. Não é que seja difícil, está mais para angustiante. Justifico esse sentimento porque é algo que não depende exclusivamente de você.

Tudo começou com o agendamento da entrevista. Bastou entrar no site da embaixada, preencher um formulário e requerer uma entrevista. Um boleto foi gerado e depois da confirmação do pagamento eu pude escolher o dia da entrevista.

Teve início então a fase da separação dos documentos, juntamente com uma dúvida atroz: Afinal, o que deveria eu levar para a entrevista? O que será que me pediriam? O site do consulado não ajudou muito e nessa hora, o bom senso e os conselhos de um amigo, o Warlei, me ajudaram bastante. A grande questão é provar que você tem vínculos suficientes com o Brasil, que justifiquem seu retorno. O problema maior é que vínculo é uma coisa muito subjetiva.

Não juntei muita coisa, levei apenas o que julguei estritamente necessário: uma cópia da minha declaração de imposto de renda, carteira de trabalho, os seis últimos extratos bancários, escritura do meu apartamento, documento do carro e de lambuja, uma carta convite de um fornecedor americano da empresa que trabalho.

A pressão e a insegurança foram tão grandes que mal consegui dormir na véspera da entrevista. E se eles não forem com a minha cara? E se me pedirem algo que eu não havia levado? As passagens compradas, o hotel reservado, os compromissos e o fantasma do Tio Sam pairavam sobre meus ombros.

Acordei bem cedo, afinal, o trânsito de São Paulo é imprevisível e minha entrevista estava marcada para oito e meia da manhã. Chegar ao consulado foi tranqüilo e os vários minutos de antecedência só serviram para ampliar mais a minha apreensão. Mas afinal, eu estava com medo de que? Eu sabia que era bobeira, mas era como aquela sensação que antecede uma prova, você sabe que estudou, sabe que está preparado, mas mesmo assim bate uma insegurança.

Tive o cuidado de não levar nada além do necessário junto comigo. Antes de sair do hotel dei uma geral na mochila e só deixei lá a pasta com os documentos. Do lado de fora do consulado, mesmo bem cedo, já havia uma longa fila formada. Foi aí que tive a primeira dúvida: minha entrevista estava marcada para mais de uma hora à frente, deveria eu entrar? A resposta é sim! Havia um funcionário no portão que perguntava o horário marcado, imagino que não há um controle rígido quanto ao horário. Tinha gente de nove e meia entrando junto comigo.

Ao passar pelo portão, a fila dava voltas em uma espécie de mureta e nesse momento, funcionários do consulado (brasileiros), aos berros, orientam as pessoas a ficarem com o bendito formulário DS-160 (preenchido no site e impresso com o comprovante da entrevista). Junto dele deveria ficar também a foto 5×7 (uma odisséia a parte). Essa fila foi muito rápida e na entrada do consulado seguranças verificavam os pertences de todos que entravam. É exatamente como nos aeroportos: um detector de metais e um raio-x para os pertences.

Foi nesse momento que descobri que a “geral” que eu dei na minha mochila não foi bem feita. Esqueci o fone de ouvido do celular em um dos bolsos dela, resultado, tive que jogá-lo fora, haja vista que dentro do consulado não é permitida a entrada de nenhum dispositivo eletrônico. Eles não perdoam nem mesmo chaveiro do alarme de carro. Sorte dos proprietários de guarda volumes do lado de fora do consulado que cobram caro pelo uso de pequenos armários.

É interessante dizer que não se entra de verdade dentro do consulado. Todo aparato de segurança pelo qual passei era para que eu pudesse ter acesso a uma área externa ao prédio. As pessoas caminham até essa área aberta, onde há diversas filas, e centenas de pessoas, parecia um formigueiro. A primeira fila era para verificação do formulário, a segunda para a pré entrevista, a terceira para as impressões digitais e por último uma longa fila para a entrevista.

Todas as vezes que eu imaginei o consulado americano, eu pensava em algo parecido com um banco, com um punhado de cadeiras para que as pessoas pudessem aguardar sua vez e mesinhas onde elas seriam entrevistadas. A realidade se mostrou um pouco diferente. Foi estranho, parecia um balcão de rodoviária com vários guiches. A coisa toda é meio humilhante, tenho que confessar, a entrevista acontece em pé, com uma fila de pessoas atrás de você, escutando todas as informações pessoais que por ventura o entrevistador lhe perguntasse.

Eu estava tranqüilo, só um pouquinho ansioso, mas no fundo estava confiante. Não tinha por que eles negarem o meu visto. O painel eletrônico anunciou a minha senha e me mandou seguir para um dos guichês. Lá, uma pequena fila e um vidro a prova de balas me separavam de uma simpática jovem senhora, que conduzia as entrevistas com um sotaque fortíssimo.

Quando chegou a minha vez, me aproximei e disse: bom dia. Ela respondeu com um sorriso e me perguntou se eu falava inglês. Eu disse que sim e ela continuou a conversa em inglês. Ela me fez poucas perguntas. Parecia que apenas estava conferindo as informações que eu escrevi no formulário. Perguntou-me se eu já havia viajado para outros países, qual seria o motivo da minha viagem, se eu tinha parentes lá nos Estados Unidos, onde eu trabalhava e a quanto tempo.

Respondi as perguntas com convicção e ao final ela me disse a frase que eu estava há três horas esperando para ouvir: “Seu visto foi concedido.” Segui para o lado de fora. Perto do portão por onde entrei haviam alguns guichês. Lá eu entreguei meu passaporte, paguei pelo sedex de retorno – um absurdo de caro, diga-se de passagem –  e sete dias depois eu estava com o visto colado em meu passaporte.

Agora era só arrumar arrumar as malas…

Désillusion

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Há momentos nessa vida em que nada faz sentido e tudo que nos resta é pagar pra ver. E por mais que perdido você se sinta, perdido não estamos todos nós? Sobreviventes dessa corrida de ratos, ludibriados pela falsa sensação de segurança que a vitória, efêmera, nos tinge a alma. Onde reina o caos, até os cegos guiam. Lá a terra é fértil e mesmo a pior das sementes pode germinar.

Mas por quanto tempo a bruma pode cegar? Por quanto tempo o mal pode durar? E mais ainda, o que virá depois? O que acontece quando a cortina encerra, depois que o letreiro sobe, que o último acorde ressoa? E se o tudo der certo, o que virá depois do “felizes para sempre”?

Não acredito, sinceramente, que seja só isso.

Nada como um dia após o outro…

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Depois de ver fraca atuação brasileira na Copa do Mundo da África do Sul contra a Holanda, foi inevitável ouvir as gozações dos argentinos. Em uma transmissão da Rede Globo em Buenos Aires, o repórter e os brasileiros que lá estavam foram achincalhados pelos hermanos, como era de se esperar, afinal, de quem foi a idéia de fazer uma reportagem na Argentina após a derrota da Seleção Brasileira. “Vocês estão fora brazucas!”, foi o que se ouviu.

O interessante é que em outra entrevista, dessa vez com um uruguaio, ao invés de tripudiar, ele disse “você é do Brasil, eu lamento muito!” e dava para ver que ele dizia a verdade, não estava sendo irônico. Depois perguntam o porquê de nossa birra com os argentinos.

Mas o melhor de tudo é que no fim, valeu a máxima: nada como um dia após o outro.

O que nem Disney nem os Irmãos Grimm viram, o Ricardo viu…

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Como quase todos os brasileiros, senti muito pela derrota da seleção brasileira de futebol, ontem pelas quartas de final da copa do mundo. No fundo, bem lá no fundo, eu não acreditava que o Brasil pudesse chegar ao hexacampeonato nessa copa, mas como bom brasileiro, torci a cada lance, dentro e fora de campo pela seleção nacional.

Não me sinto como um dos cento e noventa milhões de técnicos brasileiros, embora provavelmente o seja. Digo isso porque sou uma pessoa muito pragmática. Penso que jogador é jogador, técnico é técnico. A transição do primeiro para o segundo é muito comum, mas precisa ser bem feita, bem conduzida, senão, perde-se um ótimo jogador e ganha-se um péssimo técnico.

Para ser vitorioso não basta ter sido um bom jogador, o indivíduo necessita se desenvolver, aprender, vivenciar o futebol. É como em qualquer profissão, a pessoa, por melhor que ela tenha se saído no meio acadêmico, precisa começar por baixo, seja por um estágio, ou por um programa de trainee, ela precisa se desenvolver, adquirir experiência.

No futebol não é diferente, a meu ver o técnico deve começar como auxiliar, uma espécie de estágio. Passar por times menores, experimentar não só as vitórias, mas também as derrotas, pois são elas que mais ensinam. Passar por grandes times, grandes competições, aí sim, por mérito, ser contratado para comandar uma seleção nacional.

Não tripudiarei o Dunga, depois que a onça é morta, aparecem muitos para puxá-la pelo rabo, mas entendo que ele foi, sem dúvida, o maior motivo de nossa derrocada. Em minha opinião, o Brasil perdeu a copa não ontem contra a Holanda, mas sim dia 11 de maio, dia em que foi anunciada a escalação da seleção brasileira. Talvez a culpa nem seja dele, talvez o maior culpado seja o presidente da CBF, o senhor Ricardo Teixeira, que foi quem contratou um dos sete anões para comandar a Seleção Brasileira de Futebol.